quarta-feira, 27 de julho de 2011

“LP1” de Joss Stone: novo em vários aspectos






O “LP1” é o primeiro disco que Joss Stone lança por seu selo próprio, o Stone’d Records, e nos traz algumas surpresas.


Em uma pegada muito menos R&B e muito mais – no bom sentido! - pop do que seu último disco, o “Colour Me Free”, Joss flerta com elementos do blues, rock e até mesmo da country music. Tudo muito bem dosado e sem desconectar este novo trabalho de seus anteriores, porém mostrando um lado mais autêntico, maduro e – por que não dizer? - livre da cantora.

Em um momento de aparentes descobertas e experimentos, Joss se mostra menos diva e mais visceral, lembrando mais Janis Joplin do que Aretha Franklin desta vez.

Para mim, este álbum pode ser a ponte para uma nova fase da carreira da cantora, que em breve lançará mais um disco, desta vez com seus companheiros do Super Heavy, banda que promete trazer uma Joss Stone inserida em um contexto totalmente diferente do “Diva do Soul” a que estamos acostumados. Ou, melhor dizendo, estávamos acostumados, isto antes de conhecermos seu muito bem batizado álbum “LP1”, o primeiro disco de uma nova Joss Stone.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Lord, the sky.

Música que acompanha o post de hoje: Summertime - Janis Joplin
Coloquem os fones de ouvido: http://www.youtube.com/watch?v=A27FF2T2z2k

O andar perdido pela casa, o coração apertado, a lágrima que mora no canto do olho, o frio no estômago, o frio. Não é novidade alguma. Quando o conjunto aparece, já se sabe o que é.

Prisioneira do que? De quem? Por que sim? Por que não??? São tantos os que dizem sim para os sonhos e os alcançam! E se eles simplesmente andassem pela casa sem rumo e afastassem o frio com uma xícara de chá tentando se enganar, como se o frio fosse realmente do corpo? Quantos dos nossos ídolos o mundo deixaria de conhecer? E quantos são os que o fazem? Quantos são os grandes de alma que o mundo nunca vai admirar?

“O que você quer da sua vida?”. Por que a gente sempre mente quando responde a essa pergunta? Não quero saber se é possível ou não, se é fácil ou difícil, se vai ou não acontecer. Quero saber quem você é! Quem sou eu? Será mesmo que eu não sei a resposta? Ou só tenho medo de admitir a mim mesma e me achar ridícula?

Esse conjunto de sensações sempre vem acompanhado da frase “eu não pertenço a este lugar”.
É tão triste ter vergonha do próprio sonho, da própria essência. Nem sei se é vergonha, na verdade. Acho que é mais medo de assumir para si mesmo, e depois não ter mais volta. Medo de se frustrar.

Viver de música. Não vou nem entrar no mérito “Música no Brasil”, porque todo mundo está cansado de saber o que acontece. Coloco Summertime da Janis no repeat e penso em fazer alguma coisa... mas está tão frio hoje! Vou tomar uma xícara de chá.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Onde é que foram parar todas as canções que falam sobre o que é real?

Música que acompanha o post de hoje: Fátima - Capital Inicial http://www.youtube.com/watch?v=A48fYTaPlho&feature=av2n

Este post é importante. Peço um minuto da atenção de vocês. Por favor, coloquem os fones de ouvido.

Sou a favor da liberdade. O direito de acreditar no que queremos, ficar com quem queremos, ouvir o que queremos, ler o que queremos é muito precioso. Assim como o direito de expressão e, sendo assim, venho por meio deste expressar a minha indignação.

Falo isso porque tocar nesse assunto é como xingar a mãe. Mas e daí? Se você tem direito de fazer o que quiser, eu tenho direito de xingar sua mãe se achar que devo.

***

Vou começar fazendo algumas perguntas:

1- Ninguém acha estranho uma banda que nunca fez um show ter 934868193425 seguidores?
2- Ninguém acha estranho uma banda que apareceu ontem dizer que tem HITS?
3- Ninguém acha estranho pessoas adultas vestidas de criança, agindo como criança, falando como criança (e eu não estou falando do Chavez!)?
4- Ninguém acha estranho uma banda, onde os integrantes ainda não aprenderam minimamente a tocar seus instrumentos, terem comunidades bombadas no orkut, saírem em revista, terem fãs alucinados?

E a última pergunta da série é: Vocês têm noção do que estão fazendo? Vocês sabem que essa mentira toda sobrevive porque vocês engolem?

Por que vocês se deixam ser enganados assim? Por que vocês compram essas ideias?

Me preocupa pensar onde é que isso tudo vai parar. Será que estamos condenados a morrer esmagados por bandas de mentira, que se fantasiam de rock star para brincar de ídolos? A pergunta talvez nem seja "Onde é que foram parar todas as canções que falam sobre o que é real?", e sim "Onde é que foram parar as pessoas que dão valor ao que é real?".

Isso destrói a música nacional, sabiam disso? Existem pessoas que ganham dinheiro para enganar vocês. Pegam um monte de meninos feios com cabeça de vento, passam maquiagem, dão um trato no cabelo, fazem uma música fácil que não diz nada e dão pra vocês comprarem.

Ou então, pegam uma mulher bonita que canta música pop para adultos, vestem ela de adolescente rebelde à procura de um amor colegial, pegam a mesma música fácil e vazia do caso anterior, mudam uma coisa ou outra e jogam em vossas caras.

Será que todos estão surdos?

Mas, como eu disse, temos o direito de ouvir e curtir o que quisermos! Eu só não entendo a razão de vocês não notarem o quão de mentira é isso tudo aí que estão empurrando goela abaixo na gente!

Nos últimos tempos eu vi muitas bandas incríveis acabando. Será que alguém aí consegue relacionar o tema do texto de hoje com o fato de bandas de verdade terminarem? Pensem um pouquinho.

Pra mim, essas bandas incríveis e que fazem a diferença terminam por serem sufocadas e perderem espaço para coisas feitas para enganar vocês.

Se me permitem ajudar, façam um pequeno exercício. Peguem as bandas que vocês escutam por aí e analisem. Leiam a letra, prestem atenção no som, reparem na atitude no palco e fora dele. Depois, separem em grupos de acordo com as conclusões que tirarem e, por fim, comparem um grupo com o outro. Cuidado para não analisarem só um monte do mesmo! Não esqueçam de bandas como Vilania, KiLLi, Liberta, Drosophila, Black Drawing Chalks, Move Over, Móveis Coloniais de Acaju...

É importante as pessoas terem consciência de que o rumo da música no país está nas nossas mãos. E isso é coisa séria.

Quinta-shopping-domingo-os-pais aos homens de boa vontade.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Oh, it's a mystery to me

Música que acompanha o post: Society - Eddie Vedder (trilha do filme Into The Wild) http://www.youtube.com/watch?v=Cy6iwP9Ux3A

Este post é sobre decepção. Por favor, coloquem os fones de ouvido.

“Me dá o dinheiro, senão eu te mato”. Essa já é quase uma daquelas frases prontas que a gente ouve, entende, mas não pensa no que as palavras realmente querem dizer. “Você é um pé frio!”, “Estou num mato sem cachorro”, “Melhor um na mão do que dois voando!”, “Me dá o dinheiro, senão eu te mato”.

Mas quando o cara está ali, na sua frente, você entende bem o que ele quer dizer.

Nunca tinha passado por isso, e não sabia como reagiria se passasse.

O cara foi embora, não estava armado, não levou nada, não machucou ninguém. Então ficou tudo bem, certo?

Na verdade, o cara me deixou um buraco no peito. Daqueles.

Saí de lá pensando no que aconteceria se ele estivesse armado, e desejei estar armada antes. Desejei estar pronta para matar um semelhante antes que ele o fizesse.

Que tipo de lugar é esse? Como viver em paz em uma sociedade que te obriga a ser algo que você não é? Eu não mato nem mosca e me imaginei matando um semelhante.

Isso me leva a pensar um pouco além. Quantas vidas eu tenho? Certo, eu acredito que temos várias vidas com a mesma alma mas, quantas vidas EU TENHO? Eu, Bruna Mariani. Quantas vezes eu serei eu, quantas vezes vou ter a oportunidade de desfrutar do que tenho hoje ao meu redor? Uma. Só essa. E viver assim, sem poder ser quem é, é um preço muito alto a se pagar. Alto demais. É decepção demais com os outros e consigo mesmo.

A continuação deste texto é a música que indico no começo do post.

Society, you're a crazy breed…
Hope you're not lonely without me...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

My God, my God... I'll pray for your soul

O que inspira este texto: Hellbent - Crystal Bowersox
http://www.youtube.com/watch?v=7FwLcVjpKSI&feature=related


Este primeiro post é sobre música. Tema batido, porém maltratado. Dê uma lida! Juro que não vou escrever sobre o que você acha que vou escrever.


Nós corremos o tempo todo. Não comemos direito, não nos exercitamos direito, não nos relacionamos direito, não dormimos como gostaríamos e não ouvimos música como deveríamos.


Coloque seus fones de ouvido sempre que puder. Eles fazem a diferença entre escutar uma música e senti-la.

Perceba os detalhes. Eles foram pensados com muito carinho por alguém.

Leia a letra, ouça a voz. Compor uma música é como expor seus sentimentos mais íntimos a pessoas que você nunca viu na vida. Portanto, seja gentil. Tente ao menos ouvir com atenção.

Ouça mais de uma vez. Não seja radical quanto à primeira impressão que uma música possa causar. Talvez você goste (ou não goste, mas entenda) se a ouvir mais uma vez, seguindo os três conselhos anteriores.

Se, mesmo assim, aquilo não fizer sentido pra você, tudo bem. Exclua, passe para a frente e dê espaço a algo novo. Sempre dê espaço a algo novo, pois existem muitas coisas que você amaria e que ainda não conhece.

E, se nada te agrada tanto quanto gostaria, perfeito. Faça a sua própria música! Só não se esqueça dos ingredientes principais: verdade e alma.

Música não pode ser mais ou menos. De mais ou menos já basta o resto.